que o verdadeiro crescimento de uma empresa não se mede apenas pelo sucesso dos negócios, mas pelo impacto que gera na vida das pessoas. Em cada uma das empresas que compõem o Grupo, investimos na qualificação dos profissionais que fazem parte daquela história, pois sabemos que a educação transforma vidas. É por meio dela que se mudam destinos, abrindo novas portas e criando novas possibilidades.
Agora, damos um passo além com o Instituto Elon Soares, que nasce do propósito genuíno de retribuir à sociedade o apoio e respeito que nos trouxeram até aqui. Para nosso fundador, Sr. Elon Soares, as pessoas sempre foram o centro de tudo. Ele acreditava que oferecer conhecimento e qualificação, não apenas ajuda indivíduos, mas fortalece famílias, impulsiona comunidades e constrói um futuro mais digno para todos.
"O sábio não se exibe. Por isso brilha. Ele não se faz notar. Por isso é notado. Ele não se elogia. Por isso tem mérito. E por não estar competindo com ninguém, ninguém no mundo pode competir com ele"
Vou contar agora um pouco da história, se minha memória puder permitir.
Foi em 38, outubro era o mês, foi no dia 10 lá em Ipameri.
É segunda-feira, chamem a parteira, água na chaleira, um choro a se ouvir.
Seu Francisco, o pai, rindo a-toa sai, a alegria vai com todos dividir.
Augusta Maria, no peito nutria sua sexta cria e quarto guri.
Quando essa criança completou 10 anos, seus pais tinham planos, queriam mudar. "Vamos pra Goiânia", disse Seu Francisco, "quem não corre o risco não vai melhorar". Na comunitária, boa e solidária Vila Operária vieram morar. E na capital, o jovem casal comeu muito sal até se adaptar. Mas com humildade, força de vontade, fé e amizade construíram um lar.
Na nova cidade é que este menino, inquieto, franzino e com maturidade, já quis trabalhar, dinheiro ganhar, poder vislumbrar oportunidade. Montou seu esquema em frente ao cinema, bala e guloseima vendeu quantidade. Bom em convencer, sabia vender, queria crescer nessa atividade. Pra que se mantenha, então se empenha, põe-se a vender lenha com facilidade.
O menino aos poucos foi se transformando, sempre trabalhando, sem descanso ter. Economizando, juntou um dinheirinho, comprou armarinhos para revender. E de porta em porta, a todos exorta, "vender é o que importa", vivia a dizer. Não tinha barreira, não tinha fronteira, uma banca na Feira já queria ter. E correu atrás, pois queria mais e bons cereais pôs-se a vender.
Jeito pioneiro, foi ele o primeiro com seus jornaleiros a implantar a distribuição, pela capital, do grande jornal que é O Popular. Comprava a edição, tiragem na mão, revendia então em todo lugar. Moço vencedor, mostrou seu valor, empreendedor que sabia ousar. E pisando quente, tudo lhe é urgente, olha para frente e quer se superar.
Eis que JK surge no cenário, extraordinário homem de visão. Construir Brasília, nova capital, nada havia igual pra comparação. Os irmãos atentos viram no evento o grande momento para ampliação. E nesse assunto nem pensaram muito, já chegaram junto com a fundação. Goiânia tão perto e aquele deserto, viraria, é certo, o centro da Nação.
Brasilia surgiu, linda, imponente, mas então carente de abastecimento. Que oportunidade, muito por fazer, carnes fornecer, bom faturamento. Orgãos do governo, hotéis, restaurantes, pedidos constantes de fornecimento. Todo santo dia era um só batente, pra atender urgente e sempre a contento. O irmão comprava e ele ajeitava e à noite levava o carregamento.
De uma certa feita, uma carga viva, cantante e exclusiva ele foi levar. Um americano, ilustre e gabola, galinhas-d'angola queria jantar. Já na embaixada, à carga agitada a segurança armada quis averiguar. Mal a corriola abre a portinhola da grande gaiola começa a vazar. Adeus caçarola, voa e cantarola galinha-d'angola pra todo lugar.
Sua juventude foi de atitude, virtude e saúde a toda prova. E com bons amigos, para descansar, sempre la pescar, menos na desova. Além do trabalho de sol a sol no rol do futebol ele se renova. Virou dirigente, pega o Santa Rita e o habilita a dar boas sovas. Como torcedor traz no coração o amado Tigrão, o seu Vila Nova.
O rapaz humilde lá de Ipameri dá tudo de si, esquenta as turbinas. Monta um atacado, secos e molhados, sempre bem guiado pelas mãos divinas. Pega no pesado com os empregados, compra, atende, vende, aprende, ensina. Tinha de um a tudo, miúdo e graúdo, desde coisas simples a marcas mais finas. Era atacadão com jeitão goiano, Rua Zé Hermano, no Setor Campinas.
Nos anos 60, eis que acontece o que estabelece um novo pontapé. O irmão Odilon, vai numa ferragista, vira protagonista sem saber que é. Ao entrar na loja, compra uma torneira e em prosa ligeira, toma um café. De forma imprevista, o dono dá pista, vende a ferragista, passa o boné. Os irmãos compraram não só a torneira, mas a loja inteira de Antônio Thomé.
Todas as ações bem intencionadas são abençoadas, espetaculares. Bons negociantes, dia após dia a fama crescia, estavam populares. Com simplicidade, fazem amizades, por toda a cidade já eram milhares. E uma potência ganha existência, firmada na essência de seus titulares. Assim começou, assim se firmou e então prosperou a Irmãos Soares.
Em 63, resolve casar, levar ao altar sua escolhida. De um jeito solene pede a Marlene que seja a perene razão de sua vida. Todo grande homem deve ter consigo, seu amor-amigo, a sua querida. Os filhos e netos o tornam completo e todo o resto se consolida. A felicidade dá tranquilidade e estabilidade para toda lida.
Nosso personagem, homem persistente, pega no batente com fibra e valor. Está no exemplo sua liderança, tudo que alcança vem de seu labor. E tem na família sua estrela guia, sua bateria e fonte de amor. Simples e importante, cabeça brilhante, coração gigante e apaziguador. Na escola da vida só teve progresso, alcançou sucesso, se tornou doutor.
Essa é a trajetória, um pouco da história de honra e glória muito singulares. De um homem forte, um homem de luta, que faz da labuta um de seus pilares. Homem respeitado, muito admirado não só no Estado, em outros lugares. Que pobre nasceu, com sonhos cresceu, venceu e colheu coisas exemplares. Seu grande trabalho já lhe deu renome, o nome deste homem é ELON SOARES.
